A Aula

Naquela quarta-feira cheguei em casa mais cedo do que o normal; não tão cedo quanto poderia, mas mais cedo do que meu marido esperava. Quando entrei na sala, ele mal me notou: olhos vidrados na televisão, assistindo seu futebol. Duas ou três latas de cerveja na mesinha ao lado do sofá, no qual estava estirado de camiseta velha e shorts de pijama: nada sensual, nem provocativo: uma cena normal na minha casa. Confesso que não prestei atenção a esses detalhes e me dirigi a ele, com meu olhos na direção de seu shorts. Ele continuou olhando o jogo, enquanto me ajoelhei em frente dele, na altura de sua cintura, abaixei seu shorts e comecei a acariciar seu membro até ficar duro em minhas mãos e em minha boca. Nem sequer olhei para os olhos dele enquanto fazia isso, nem quando me levantei e sentei nele.

Eu estava usando vestido leve e curto, sem calcinha, e tenho certeza que ele não prestou atenção neste detalhe, nem mesmo que cavalgava de olhos fechados, cabeça inclinada para trás, uma mão nos meus seios e outra passando pelo meu pescoço e boca - que chupava meus dedos. Ele só apoiou as mãos em minha coxa, sem entender - nem querer entender - o que estava acontecendo. Gozei primeiro que ele, gozei de novo. Só então olhei para seus olhos. Ele parecia assustado, duro, mas incapaz de sentir prazer. Sai de cima e o engoli até sentir seu gozo em minha boca. Fui para o quarto, tomei um banho demorado, no qual me masturbei com os dedos de minha mão direita dentro de mim, meu braço vindo por trás, roçando em minha bunda. Quando ele veio para cama, fizemos mais uma vez: dessa vez depois de deixa-la duro novamente, pedi para que me comesse de quatro. Ao final ele perguntou o que estava acontecendo. Não respondi: virei para o lado e dormi.

***

Na quarta-feira anterior, meu professor de história da arte disse que não haveria aula na semana seguinte, mas ele estaria lá, disponível para possíveis dúvidas, antes do exame final. Sabia que ninguém apareceria. Esperei passar dez minutos do horário de início da aula e espiei para confirmar o que sabia: ninguém na sala, só ele, sentado em sua mesa, lendo, com os óculos que o deixavam ainda com mais cara de intelectual, e sua cara sério que eu amava. Entrei na sala devagar. Quando ele me notou, se mostrou quase surpreso e perguntou se eu tinha alguma dúvida, ou se precisava de algo.
"Não tenho dúvida alguma, professor. Tenho certeza que você me quer."

Já havíamos trocado olhares em outras semanas durante a aula e em alguns encontros no corredor.
"Como assim?"

Não lhe dei tempo. Simplesmente me aproximei ao seu lado e comecei a lhe beijar. Ainda lhe beijava, quando lhe tirei os óculos e comecei a passar a mão em seu rosto, pescoço, por cima da camisa, por baixo do paletó do ternos que usava. Não cheguei à sua cintura quando senti sua mão vindo por baixo de meu vestido, em um segundo me apertou a bunda, pegando assim, inteira em sua mão direita por baixo de minha calcinha. Quando o senti duro em minhas mãos, mesmo por cima de sua calça, ele se virou para mim, puxou minha calcinha para baixo e me tocou com seus dedos, um entrou em mim. Ao tirar, só um comentário: "você já está molhada."

Se levantou e num golpe me virou de costas para ele, de frente para mesa e me empurrou o corpo contra a mesa: pés no chão e dorso sobre a mesa. Minha calcinha na altura de meus joelhos foi puxada para o chão creio que com seus pés, afastou minhas pernas, confirmou minha umidade com os dedos e entrou em mim com força. Só consegui me empinar ainda mais, enquanto ele me agarrava pela cintura e ia fundo e forte dentro de mim. De tempo em tempo, me dava tapas na bunda e me chamava de nomes que nunca imaginei ser chamada, e amei ser tratada assim naquele momento. E o sentia cada vez mais forte, quando vi que ele saiu de dentro de mim e em um segundo senti seu líquido quente e grosso em minha bunda. Pegou minha calcinha no chão e limpou seu gozo que já escorria no meio de mim. Virei para ele no desejo de beijo. Ele colocou seu dedo com meu gosto em minha boca, chupei. Depois me deu um beijo, quase mordida, faminto. "Agora pode ir. Já recebeu o que queria." Como resposta, lhe retribui o beijo, o mais guloso que já dei. "Sim, até a próxima semana, até nossa última aula." Peguei a calcinha de sua mão, senti seu cheiro num inspirada profunda e a guardei dentro de minha bolsa.

Sim, só isso, rápido assim. Sai e não me senti usada, muito pelo contrário, me senti mulher, provocada e saciada. Senti como se tivesse acabado de matar o animal que me estimulou os instintos por um semestre inteiro.

***

Meu marido acordou na manhã seguinte com um sorriso enorme, ao me sentir lhe engolindo novamente. Sequer notou que de tempo em tempo cheirava minha calcinha, com o cheiro do gozo do homem que me fez me sentir mulher na noite anterior.

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