Amante da Lua

Alta noite, sem sono, desço ao jardim do hotel.
Caminho lentamente e sinto uma brisa boa que vem da lua.

Fecho os olhos e a sinto por todo meu corpo, que, coberto só com um vestido de seda, parece flutuar, leve e solto. A brisa invade-me inteira. E, assim, parada, luz só da lua, que me ama como nunca.

Sinto-me confidente dela, nós duas nuas de frente uma pra outra. Sim, nuas. Tiro o vestido, levanto os braços, fecho os olhos e giro, giro, sinto um êxtase pelo corpo, uma liberdade. Sinto-me mulher, como nunca me senti.

Minutos depois, olhos acostumados à escuridão, percebo um corpo deitado no gramado. É um homem. Está nu? Coloco o vestido e fico ali, parada, observando aquele corpo, deitado, braços e pernas abertas, amando a mesma lua que eu. Eu, a lua, e o desconhecido.

Sinto-me a verdadeira maluca, não resisto, me aproximo e percebo que não está nu, usa um calção. Deixo que me veja, enquanto passo quase do seu lado, fingindo olhos fechados, braços abertos, e me ajoelho à sua frente, de costas pra ele, de frente pra lua.

Sinto que minha respiração já não é mais a mesma, sinto que meu corpo quer se entregar à lua, ao homem e, ainda nestes pensamentos, sinto uma mão na minha cintura. Não reajo. Sinto a outra. Uma desce pela perna, outra sobe pelas costas. Uma levanta minha saia, e me descobre nua por baixo. Outra toca meu pescoço entrelaça os dedos nos meus cabelos e num só movimento me força pra frente com o corpo e me puxa a cabeça pra trás. E me vejo assim, de quatro, de frente pra lua, com um desconhecido a me tocar, a me acariciar e, como nunca fiz antes, desejo ser amada assim, como cadela, sem rodeios. Apoio os cotovelos na grama, meu rosto entre eles, e espero, anseio e recebo aquele homem dentro de mim.

Sinto a brisa da lua, a mesma brisa me rodeando, me tocando todo o corpo. Sinto aquele homem pulsando, me amando; aquele homem que não tem rosto, aquela lua que, amiga, é minha única testemunha e proteção.

Ela me abençoa, sinto. E sinto que, embora pareça o contrário, eu fiz o que quis com aquele homem, sem perguntar o nome, sem saber quem era, e ele se foi.

Fico ainda um momento ali, entregue na grama, deitada, aberta, amada. Cheia do poder e do amor que a lua me amou.

Não foi um homem, foi a própria lua que me amou naquela noite

Comentários

Anônimo disse…
Não foi um homem, foi a própria lua que me amou naquela noite

Adorei!!!!!!!!!!!
Que lindezaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
Unknown disse…
Ual...adoramos...muito bonito e sensual...
Conheça nosso blog também: so.vc.tem.zip.net
abraços de Camille Simeone e Estella Lopez
welinton disse…
NÁO PODERIA TER SIDO MELHOR, A ESTRÉIA NESTE BLOG COM UMA SWENSUAL EXALTAÇÃO DESTA À MÁGICA LUA! AAAUUUU! O LOBO VORAZ, AMANTE DA LUA,SÓ TEM A UIVAR E SONHAR...AMEI ESTAR AQUI.CLARO! SEMPRE ESTAREI E UIVAREI...AAAUUUU!
Anônimo disse…
gostei do blog. to seguindo.
se quiser, me visite
LOJA LA VITORIA disse…
amei seu blog tenho um fotolog com postagem eroticas tambem
S. F. disse…
UAAAAL! ADOREI! MTO BOM!
vouu me vestir de todas fantasias escritas aki, viajar nelas e criar novas... :)
Café & Poesia disse…
Essa foi demais... Como uma boa canceriana..AMEI!!!

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