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Poesia no Corpo

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Quando aceitei a brincadeira não imaginei que iria tão longe. Ele me conduziu até seu escritório, colocou um banco alto próximo à sua escrivaninha, e começou a se preparar. De uma gaveta, um pequeno pote de tinta preta, nanquim. Também pegou um tecido que parecia ter sido branco, mas estava manchado com várias marcas de tinta. De outra gaveta tirou uma pena. Era uma pena vermelha, de um vermelho forte, quase vinho. Como um cirurgião, ele preparou seu equipamento, com calma e precisão. Enquanto abria o pote de tinta, seus olhos não saíram dos meus. Pousou o pote no ponto exato, onde ele devia estar. Ao lado, desdobrou o pano e colocou a pena sobre ele. Antes de começar, ele saiu do escritório. Voltou pouco tempo depois com uma taça de vinho e me entregou, a anestesia da cirurgia, creio. Pegou minha mão esquerda e a apoiou na sua. Com movimentos precisos e calmos, com uma só mão, ele pegou a pena, molhou na tinta, limpou o excesso, e começou. Senti o primeiro toque da ponta pena n

Mariana

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Eu faço tudo para agradar um homem. Sim, eu faço. Ele nunca confessou, mas era visível como ele a admirava. Sempre que ela vinha me visitar, ele se alterava. E não era pra menos. Ela era linda. Morena baixa, olhos negros brilhantes. Diferente de mim, ela era miúda. Não tinha os seios e a bunda volumosos como os meus, mas era do tipo falsa magra, charmosa e cheia de dengo. Típica capricorniana sedutora, desde o modo de andar. E eu, leonina fogo, desejo à flor da pele, Não via nenhum risco nela Nenhuma possibilidade de perder meu homem, Escorpiano tarado, achava que meu fogo era pouco. Mas não era. Não falava nada, não reclamava, mas ele nunca me queimara totalmente. Sempre sobrava fogo pra ser apagado com as mãos, no chuveiro Enquanto ele dormia, certo de ser o macho ideal. A idéia de ter Mariana junto a nós cresceu na minha imaginação No dia em que ela veio jantar conosco,com um mini vestido preto. Seu corpo pequeno, quase de menina, era só curvas naquela roupa colada. Seu perfume s

Filmagem

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Camera na mão, ela filma. Enquanto os dois se amam, ela é o olho que vê. Testa diferentes ângulos e amplia a visão, Dirige e os deixa à vontade. Experimenta outras posições, deles e dela. De shorts e top ela observa, registra o momento, grava a emoção. O movimento dos corpos à sua frente enche sua cabeça de idéias e vontades. No zoom ela se aproxima. Primeiro nele, depois nela. Seus olhos eletrônicos preferem o corpo e as curvas femininas. Ela de quatro, ele atrás. Do dorso dela, sua lente passa pela pélvis dele, quase completamente escondida atrás dela, e sobe pela sua barriga bem definida, até os músculos de seus ombros. Enquanto filma o corpo dele, sua mão toca o corpo da moça Para melhor posicioná-la para o próximo take. Ela ajeita as costas, o pescoço, os cabelos. Arruma e acerta o melhor ângulo e luz. Não confessa a carícia no toque, mas a outra percebe e leva a mão à sua cintura desnuda. Ela se deixa conduzir e sente aquela boca feminina na sua barriga.